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Dental Press Parte I

Date post: 10-Dec-2023
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14 Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 5, n. 4 - ago./set. 2006 Pergunte a um Expert Carlo Marassi responde (Parte 1): Quais as principais aplicações clínicas e quais as chaves para o sucesso no uso dos mini-implantes em Ortodontia? Rosely Suguino INTRODUÇÃO Os últimos anos têm testemunhado o aumento significativo do número de ortodontistas que utilizam dispositivos tempora- riamente fixados ao osso, como ancoragem esquelética e dentre estes dispositivos, se destacam os mini-implantes ortodônticos. Os mini-implantes são parafusos produzidos a partir de uma liga de titânio grau V (Ti-6Al-4V), que os torna mais resistentes à fratura e menos propensos à osseointegração, portanto mais seguros de se- rem instalados e mais fáceis de serem removidos do que se fossem constituídos de titânio comercialmente puro. Geralmente apresen- tam diâmetro entre 1,2 e 2,5mm e comprimento de 6 a 12mm. A nomenclatura destes dispositivos varia de acordo aom a preferên- cia de diversos autores, sendo também comumente chamados de mini-parafusos ou micro-parafusos 3-18, 20-37, 40-56 . Os mini-implantes utilizados, inicialmente, para ancoragem or- todôntica foram os parafusos de titânio, destinados à fixação de fraturas e enxertos ósseos (Fig. 1, 2). Atualmente existem mini-im- plantes específicos para Ortodontia, diferenciando-se dos anterio- res por possuírem uma área lisa para atravessar a mucosa e uma extremidade apropriada para instalação de fio de amarril (Fig. 3) ou módulos elásticos. Alguns modelos possuem extremidade externa com encaixe para arcos retangulares. São produzidos em formatos cilíndricos ou cônicos, alguns requerem perfuração prévia da cortical enquanto outros são auto-perfurantes. Os mini-implantes podem receber carga imediata, pois a estabilidade do mesmo é obtida por retenção mecânica, que será proporcional à densidade e espessura da cortical óssea onde o mini-implante for instalado 4,5,10,9,21,25,30,35,37 . Os mini-implantes apresentam vantagens quando comparados aos demais métodos de ancoragem tradicional e esquelética: maior eficiência, estética e conforto para o paciente; baixo custo, facili- dade de instalação e de remoção; tornam mais previsíveis os resul- tados dos tratamentos; permitem modificações faciais mais impor- tantes e possibilitam a obtenção de uma ancoragem máxima, com necessidade mínima de colaboração dos pacientes 8,14,33,35,37,47,56 . APLICAÇÕES CLÍNICAS Como regra geral, os mini-implantes podem ser indicados para os indivíduos: 1) com necessidade de ancoragem máxima (Fig. 4); 2) não colaboradores; 3) com unidade de ancoragem compro- metida por seqüelas de problemas periodontais, por presença de reabsorção radicular ou por número reduzido de elementos den- tários; 4) com necessidade de movimentos ortodônticos conside- rados complexos ou impossíveis para os métodos tradicionais de ancoragem 8,35,37 . A seguir serão citadas as principais aplicações clínicas destes dispositivos.
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14 Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 5, n. 4 - ago./set. 2006

Pergunte a um Expert

Carlo Marassi responde (Parte 1):

Quais as principais aplicações clínicas e quais as chaves para o sucesso no uso dos mini-implantes em Ortodontia?

Rosely Suguino

introduçãoOs últimos anos têm testemunhado o aumento significativo

do número de ortodontistas que utilizam dispositivos tempora-riamente fixados ao osso, como ancoragem esquelética e dentre estes dispositivos, se destacam os mini-implantes ortodônticos. Os mini-implantes são parafusos produzidos a partir de uma liga de titânio grau V (Ti-6Al-4V), que os torna mais resistentes à fratura e menos propensos à osseointegração, portanto mais seguros de se-rem instalados e mais fáceis de serem removidos do que se fossem constituídos de titânio comercialmente puro. Geralmente apresen-tam diâmetro entre 1,2 e 2,5mm e comprimento de 6 a 12mm. A nomenclatura destes dispositivos varia de acordo aom a preferên-cia de diversos autores, sendo também comumente chamados de mini-parafusos ou micro-parafusos3-18, 20-37, 40-56.

Os mini-implantes utilizados, inicialmente, para ancoragem or-todôntica foram os parafusos de titânio, destinados à fixação de fraturas e enxertos ósseos (Fig. 1, 2). Atualmente existem mini-im-plantes específicos para Ortodontia, diferenciando-se dos anterio-res por possuírem uma área lisa para atravessar a mucosa e uma extremidade apropriada para instalação de fio de amarril (Fig. 3) ou módulos elásticos. Alguns modelos possuem extremidade externa com encaixe para arcos retangulares. São produzidos em formatos cilíndricos ou cônicos, alguns requerem perfuração prévia da cortical

enquanto outros são auto-perfurantes. Os mini-implantes podem receber carga imediata, pois a estabilidade do mesmo é obtida por retenção mecânica, que será proporcional à densidade e espessura da cortical óssea onde o mini-implante for instalado4,5,10,9,21,25,30,35,37.

Os mini-implantes apresentam vantagens quando comparados aos demais métodos de ancoragem tradicional e esquelética: maior eficiência, estética e conforto para o paciente; baixo custo, facili-dade de instalação e de remoção; tornam mais previsíveis os resul-tados dos tratamentos; permitem modificações faciais mais impor-tantes e possibilitam a obtenção de uma ancoragem máxima, com necessidade mínima de colaboração dos pacientes8,14,33,35,37,47,56.

APLiCAçÕES CLÍniCASComo regra geral, os mini-implantes podem ser indicados para

os indivíduos: 1) com necessidade de ancoragem máxima (Fig. 4); 2) não colaboradores; 3) com unidade de ancoragem compro-metida por seqüelas de problemas periodontais, por presença de reabsorção radicular ou por número reduzido de elementos den-tários; 4) com necessidade de movimentos ortodônticos conside-rados complexos ou impossíveis para os métodos tradicionais de ancoragem8,35,37.

A seguir serão citadas as principais aplicações clínicas destes dispositivos.

Carlo Marassi

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retração em massa dos elementos dentários ântero-superioresPara esta aplicação, recomenda-se a instalação do mini-implan-

te entre o segundo pré-molar e o primeiro molar superior. Aplica-se a força de retração diretamente no mini-implante para o gancho do arco (ancoragem direta). Sugere-se o uso de mola de nitinol ou módulos elásticos com uma força de 2,5N (aproximadamente 250g) de cada lado. As figuras (5A a 5E) ilustram essa aplicação clínica em um indivíduo com desvio de linha média inferior para o lado direito, devido à ausência do elemento dentário 46, com Classe II total do lado direito e Classe I do lado esquerdo. Foram indicadas exodontias do 14, 24 e 34 para dissolver o apinhamento, diminuir a protrusão e acertar a linha média inferior. Os dentes superiores extraídos foram desgastados no sentido mésio-distal e mantidos no arco como provisórios com finalidade estética. Mini-implantes foram instalados e utilizados como ancoragem direta para retração anterior em massa, evitando forças de mesialização nos molares

superiores. O fechamento de espaço foi obtido com êxito, sem a colaboração da paciente e os mini-implantes permaneceram está-veis durante todo o tratamento32,52,57.

É importante que o ortodontista escolha a altura da instala-ção do mini-implante de acordo com o movimento desejado dos incisivos superiores. Uma instalação mais alta, mais próxima à li-nha muco-gengival, está indicada nos casos onde se pretende um movimento de retração, associado à intrusão dos incisivos (Fig. 6). Uma instalação em uma altura intermediária será desejável em in-divíduos com sobremordida normal (Fig. 7). Para casos de mordida aberta anterior está indicada uma instalação mais baixa, próxima ao limite inferior de instalação (em torno de 4mm acima da papila na região de molares e de 5mm acima da papila na região de pré-molares). O ortodontista também poderá controlar a linha de ação de força durante a retração através da modificação da altura do gancho da região anterior. Em casos de mordida aberta anterior,

Figura 2 - Parafuso para fixação de enxerto ósseo - visão aproximada.Figura 1 - Parafuso para fixação de enxerto ósseo sendo utilizado como an-coragem ortodôntica.

Figura 3 - Mini-implante específico para uso em Ortodontia. Figura 4 - Paciente com necessidade de ancoragem máxima no arco superior utilizando mini-implante como ancoragem.

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Figura 5 - a) Foto inicial do caso, onde foram indicadas exodontias do 14, 24 e 34. b) Fase de alinhamento e nivelamento - 14 e 24 mantidos como provisórios. c) Início do fechamento de espaço no arco superior. d, E) Continuação do fechamento de espaços. F) Foto final.

Figura 6 - Retração anterior com vetor de força para intrusão dos elementos dentários anteriores.

Figura 7 - Retração anterior sem vetor de intrusão na região anteiror.

recomenda-se o uso de ganchos mais altos. A altura da linha de ação de força em relação ao centro de resistência dos dentes ante-riores irá influenciar na inclinação vestibular dos incisivos durante a fase de fechamento de espaços. Quanto mais baixo o gancho, maior a necessidade de controle de torque para os incisivos5,24,25,35.

Caso não haja espaço suficiente (mínimo de 2,5mm) entre as raízes dos segundos pré-molares e primeiros molares superiores ou em casos de extração de segundos pré-molares superiores, pode-se indicar a instalação do mini-implante no processo alveolar pa-latino entre os primeiros e segundos molares superiores (Fig. 8). A retração dos dentes anteriores e do primeiro pré-molar poderá

ser feita simultaneamente com ancoragem indireta do mini-im-plante, o qual estará estabilizando os primeiros molares superiores. Indica-se o uso de barra transpalatina nestes casos para evitar gi-roversões dos primeiros molares. Para instalação de mini-implante nesta área é fundamental que se mensure a espessura da gengiva, a fim de escolher adequadamente a extensão do perfil transmuco-so e o comprimento total do mini-implante. A extensão do perfil transmucoso (área lisa do mini-implante entre a extremidade ex-terna e a rosca) deverá corresponder à espessura do tecido mole e o mini-implante deverá estar inserido no osso de 6 a 8mm31,35,49.

Outra opção para retração anterior, utilizando-se ancoragem

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indireta, seria a instalação do mini-implante entre os primeiros e segundos molares superiores, caso haja espaço suficiente entre as raízes nesta região (Fig. 9). Podemos optar ainda pele instala-ção na distal dos segundos molares (Fig. 10), em casos onde há espaço e gengiva inserida disponível, ou mesmo entre as raízes vestibulares dos primeiros molares permanentes, em casos que apresentem estas raízes bem divergentes e outros sítios não se-jam favoráveis.

retração em massa dos elementos dentários ântero-inferiores

O local de eleição para instalação de mini-implantes para re-tração anterior do arco inferior encontra-se entre os primeiros e segundos molares inferiores. Embora cada caso deva ser analisado individualmente, essa área é a que usualmente apresenta maior

espaço entre as raízes e maior espessura de cortical óssea no arco inferior. Pode-se utilizar um fio de amarril para estabilização dos primeiros molares inferiores, utilizando o mini-implante como an-coragem indireta (Fig. 11)24, 25,42,43.

Uma segunda opção seria a instalação do mini-implante entre segundos pré-molares e primeiros molares (Fig. 12A, B) e retração anterior através de ancoragem direta. As figuras 13A e B ilustram um caso clínico onde foi indicada exodontia do segundo pré-molar inferior e havia espaço insuficiente para instalação do mini-implan-te entre os primeiros e segundos molares inferiores. Decidiu-se ins-talar os mini-implantes entre segundos e terceiros molares e utili-zar ancoragem indireta, estabilizando-se os molares inferiores para retração em massa dos primeiros pré-molares e demais elementos dentários anteriores. Foram utilizadas molas de nitinol super-elásti-cas, com força em torno de 2,5N (aproximadamente 250g)43,52,57.

Figura 10 - Ancoragem indireta para fechamento de espaço no arco superior com vetor de força intrusivo para região anterior.

Figura 11 - Ancoragem indireta para retração anterior no arco inferior.

Figura 8 - Estabilização de molares superiores em caso de exodontia de segundo pré-molar.

Figura 9 - Ancoragem indireta. Molares superiores ligados ao mini-implante por fio de amarril.

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retração anterior superior e inferior Indicado para pacientes com necessidade de ancoragem máxi-

ma nos dois arcos, como acontece comumente em pacientes com biprotrusão (Fig. 14). Nesses casos é possível obter melhor aprovei-tamento dos espaços das extrações, com modificações faciais mais importantes, principalmente nos pacientes não colaboradores. A ancoragem poderá ser direta ou indireta, como ilustrado nos itens anteriores42.

intrusão de molares superioresCom o auxílio dos mini-implantes, a intrusão de molares pode

ser obtida sem efeito colateral indesejado para os dentes vizinhos e sem o risco de desvio do plano oclusal em casos de intrusão uni-lateral. Pode ser feita de modo previsível e representa uma alterna-tiva interessante para a solução tradicional de desgaste da coroa,

seguido de tratamento endodôntico e em alguns casos aumento de coroa clínica do molar extruído11,12,20,24,39,41.

Como primeira opção para intrusão de molar superior, reco-menda-se a instalação de um mini-implante por vestibular, entre segundo pré-molar e primeiro molar superior e um mini-implante por palatina, na distal do primeiro molar superior. Sugere-se uma força de intrusão em torno de 1,5N a 2,0N (aprox. 150g a 200g) que pode ser obtida utilizando-se elásticos em cadeia, trocados a cada três semanas ou por molas de níquel titânio. As figuras 15A a F ilustram a recuperação do espaço protético para instalação de im-plante osseointegrado no arco inferior11,12,20,24,41,57.

Para intrusão bilateral de molares superiores, com finalidade de melhoria de mordida aberta anterior em indivíduos com o terço inferior da face aumentado, podem ser instalados mini-implan-tes no processo alveolar vestibular entre os primeiros e segundos

Figura 12 - a) Retração ântero-posterior com ancoragem direta. b) Imagem radiográfica da aplicação clínica realizada.

Figura 13 - a) Estabilização de molares inferiores para retração anterior. b) Estabilização de molares inferiores para retração anterior - vista vestibular.

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19Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 5, n. 4 - ago./set. 2006

na sutura palatina e utilizar molas de nitinol ou módulos elásticos ligados à barra transpalatina para efetuar a distalização. A figura 16 ilustra esta aplicação clínica no tratamento de um paciente de transferência com histórico de exodontia dos primeiros pré-mola-res superiores e segundos pré-molares inferiores. Houve perda de ancoragem no arco superior e a relação inter-arcos permaneceu em Classe II de caninos, em uma fase adiantada do fechamento de es-paços (Fig. 16B). Um parafuso de titânio não específico foi instalado na sutura palatina e um botão lingual foi colado na extremidade do parafuso para facilitar a instalação de módulos elásticos para a

Figura 14 - a, b) Ancoragem máxima em paciente com biprotrusão.

Figura 15 - a, b) Fase inicial da intrusão do 16. c, d) Continuação da intrusão do 16. E, F) Intrusão do 16 concluída.

molares superiores. Utiliza-se então ancoragem direta, ligando-se um módulo elástico do mini-implante até o arco de aço (mínimo 017x025”) entre os tubos dos molares. A tendência de inclinação destes molares para vestibular durante o processo de intrusão pode ser controlada através do uso de uma barra transpalatina23.

distalização de molares superiores Distalizações de até 4,0mm de molares superiores têm sido ob-

tidas de uma forma previsível com o auxílio dos mini-implantes. Em caso de distalização bilateral pode-se instalar um mini-implante

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distalização (Fig. 16C). Empregou-se uma força de aproximadamen-te 4N (aprox. 400g) para a distalização bilateral. No sistema ilustra-do, há uma tendência inversa dos tratamentos de distalização com os aparelhos intrabucais tradicionais. Como a força é aplicada pró-ximo ou acima do centro de resistência dos molares, há tendência de movimentação de corpo dos molares ou maior movimento das raízes para distal do que das coroas, o que normalmente é favorável do ponto de vista de estabilidade do movimento (Fig. 16D). Após a recuperação e sobrecorreção da relação de Classe I de molares (Fig. 16F), iniciou-se a retração em massa dos elementos dentários ântero-superiores, mantendo-se os molares estabilizados pela barra transpalatina ligada ao mini-implante (Fig. 16G). O fechamento de espaço foi concluído com êxito, permanecendo o mini-implante es-tável e os molares em relação de Classe I (Fig. 16H)6,22,57.

Em casos de pacientes com palato mais alto, há uma tendên-cia indesejável de inclinação da coroa dos primeiros molares para mesial. Nestes casos o ortodontista pode optar por um desenho diferente de sistema de distalização, onde a linha de ação de força passa próximo ao centro de resistência dos molares que estão sen-do movimentados (Fig. 17)6,22,32,35.

Em indivíduos em fase de crescimento, no qual se opta pela distalização de molares com o sistema supracitado, recomenda-se a instalação de dois mini-implantes ao lado da sutura palatina, visando evitar a inserção em áreas ricas em tecido fibroso (Fig. 18). Dois mini-implantes também podem ser utilizados para distaliza-ção de molares em adultos, quando o cirurgião suspeita de pouca densidade óssea durante a instalação ou quando se planeja uma distalização mais significativa no arco superior (Fig. 19)27.

Figura 16 - a) Foto inicial. b) Relação interarcos de Classe II e espaços das exodontias quase totalmente fechados. c) Distalização bilateral de molares supe-riores com módulo elástico ligando o mini-implante ao gancho soldado na barra transpalatina. d) Radiografia cefalométrica mostrando a linha de ação de força da distalização. E) Melhoria ântero-posterior com a distalização dos molares superiores. F) Relação molar corrigida com a distalização dos molares superiores. g) Retração anterior com os molares estabilizados pela barra ligada ao mini-implante na sutura. h) Fechamento de espaço concluído com os molares. i) Foto final.

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Figura 17 - Distalização de molares com linha de ação de força próxima à altura do centro de resistência dos molares superiores.

Figura 18 - Distalização com mini-implante no palato em pacientes em crescimento.

Figura 19 - Distalização de molares ancorados em dois mini-implantes.

A figura 20 ilustra uma opção para distalização uni ou bilateral de molares, utilizando-se o mini-implante instalado no processo alveolar vestibular, entre o segundo pré-molar e o primeiro molar superior. Em casos onde há possibilidade de alinhamento e nivela-mento sem a necessidade de distalização prévia, progride-se com os arcos até atingir o 019x025” de aço e então se recomenda a instalação do mini-implante (Fig. 20A). Remove-se o acessório do segundo pré-molar e instala-se uma mola de nitinol e um gancho deslizante e ativa-se o sistema ancorado no mini-implante com uma força de 2N a 2,5N (Fig. 20B). Durante a distalização dos mo-lares ocorre rotineiramente migração espontânea dos pré-molares, caninos e mesmo incisivos para distal, devido à ação das fibras supra-alveolares (Fig. 20C-E). Uma vez obtida a sobrecorreção da distalização, solicita-se remoção do mini-implante e reinstala-se o acessório do segundo pré-molar para o alinhamento do mesmo (Fig. 20F) e instala-se uma barra transpalatina para estabilização dos molares. Nos casos onde ainda há necessidade de significati-va distalização dos elementos dentários anteriores, o ortodontista pode solicitar a instalação de um mini-implante no espaço inter-dental na distal do molar superior no processo alveolar palatino e unir com fio de amarril este implante à barra transpalatina para estabilização dos molares6,22,55.

A distalização ou recuperação de ancoragem pode ser feita também com um jig instalado sobre o arco principal de aço (Fig. 21A, B). Nos indivíduos que apresentam falta de espaço para o ali-nhamento pode-se utilizar um Jones Jig modificado para correção da relação molar e obtenção do espaço para o alinhamento dentá-rio no arco superior (Fig. 22), dispensando o uso de botão de Nance e principalmente, sem perda de ancoragem anterior.

Mesialização de molares superiores e inferioresMuitas vezes a mesialização de molares sem a colaboração

do paciente representa um desafio para o ortodontista, principal-mente quando este movimento é unilateral, devido à tendência de

desvio da linha média. O uso dos mini-implantes pode tornar esse procedimento bem mais simples. As figuras 23A e B ilustram o fe-chamento de espaço em um indivíduo com 12 anos de idade, com agenesia do canino superior direito, no qual se decidiu utilizar o auxílio de ancoragem esquelética para evitar desvio da linha média inferior e diminuir o tempo de tratamento24,26,28,49.

Para a mesialização de molares, usualmente, indica-se a insta-lação de mini-implante entre os pré-molares ou entre canino e pri-meiro pré-molar, se houver espaço inter-radicular disponível nesta região. Recomenda-se o uso de um braço de força, elaborado com fio de aço 019x025” ou 021x025”, inserido no tubo auxiliar para que a linha de ação de força se aproxime do centro de resistência do molar a ser movimentado, prevenindo inclinação mesial do mesmo durante o fechamento do espaço (Fig. 24). O mini-implante deverá ser preferencialmente instalado na direção ou próximo à altura do centro de resistência do molar a ser mesializado e a linha de ação de força deverá, de modo geral, ficar paralela ao plano oclusal24,26,28,49.

No arco superior é possível fazer mesialização bilateral dos mo-lares utilizando-se um mini-implante instalado na região anterior da sutura palatina mediana, ligando-se o mini-implante à barra transpalatina através de módulos elásticos.

Intrusão de incisivosOs mini-implantes podem ser utilizados para auxiliar na intru-

são de incisivos superiores e inferiores. Para essa aplicação pode-se instalar um mini-implante entre os incisivos centrais e utilizar módulo elástico com aproximadamente 1,2N de força, ligando o mini-implante ao arco principal de aço (Fig. 25).

Para os casos de intrusão incisivos e também de molares, re-comenda-se instalar os mini-implantes mais perpendiculares em relação ao longo eixo do dente para evitar que o módulo elástico escape para oclusal. Deve-se fazer a instalação no mínimo 6mm acima da papila inter-dental, uma vez que o movimento intrusivo irá levar a uma remodelação da crista óssea. A falta de observação

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Figura 20 - a) Final do alinhamento e nivelamento e mini-implante instalado. b) Início da distalização de molares. c, d) Continuação da distalização. E) Molar sobrecorrigido. F) Distalização obtida com êxito. g) Aspecto clínico logo após a remoção do mini-implante. h) Inclusão do segundo pré-molar para finalização do tratamento. i) Foto Final.

Figura 21 - a) Distalização com jig. b) Visão aproximada do sistema de distalização com jig.

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Figura 24 - Mesialização de segundo molar inferior com braço de força.

Figura 23 - a) Início do fechamento de espaço unilateral. b) Fim do fechamento de espaço unilateral.Figura 22 - Distalizador intrabucal ancorado no mini-implante.

Figura 25 - Intrusão de incisivos superiores.

desta distância pode levar à perda do implante ou até à recessão óssea e gengival na região do mini-implante. A instalação nesta região muitas vezes torna-se complicada pela presença de uma inserção mais baixa do freio labial no arco superior ou faixa estrei-ta de gengiva inserida no arco inferior, exigindo em alguns casos instalação em mucosa alveolar. Durante o planejamento biome-cânico, deve-se levar em conta que este mini-implante instalado entre os incisivos centrais, normalmente está à frente do centro de resistência dos incisivos, havendo, portanto, uma tendência de vestibularização dos mesmos durante o processo de intrusão. Estas dificuldades (presença do freio e tendência de vestibularização dos incisivos) podem ser contornadas com a instalação de dois mini-implantes, um em cada quadrante, entre as raízes dos caninos e dos incisivos laterais. Pode-se utilizar apenas um implante nessa região nos casos de intrusão assimétrica (Fig. 26A, B)10,24,32.

Verticalização de molaresA correção de molares inclinados para mesial pode ser obtida

com utilização de um mini-implante distal ao dente a ser vertica-lizado (Fig. 27) ou com dois mini-implantes na mesial do mesmo (utilizando-se um tubo colado sobre estes mini-implantes e arco

segmentado) ou ainda com ancoragem indireta, usando arco con-tínuo e estabilizando-se um dente ou grupo de dentes mesiais ao molar a ser verticalizado (Fig. 28)24,45.

Outras aplicações Além dessas aplicações mais freqüentemente utilizadas, exis-

tem outras possibilidades de uso dos mini-implantes como: retra-ção de caninos em casos onde há significativa falta de espaço para o alinhamento do lateral e necessidade de ancoragem máxima (Fig. 29); ancoragem direta em pacientes que utilizam aparelhos fixos linguais; bloqueio inter-maxilar em pacientes que irão ser subme-tidos à cirurgia ortognática, que possuem periodonto reduzido, histórico de reabsorção radicular ou utilizam ortodontia lingual; correção de linha média (Fig. 30) e preparo Ortodôntico para res-tauração protética (Fig. 31)24,29,33.

diSCuSSÃOAs forças comentadas neste texto devem ser consideradas

apenas como uma referência inicial, tendo que ser ajustadas de acordo com o sistema empregado e com a resposta individual do paciente57.

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Figura 27 - Verticalização de molar com mini-implante distal a este elemento dentário.

Figura 26 - a) Intrusão assimétrica de incisivos inferiores - arco superior correto em relação à face. b) Intrusão assimétrica de incisivos inferiores - visão lateral.

Figura 29 - Retração de canino superior para gerar espaço para alinhamento do 22.

Figura 28 - Verticalização de molar inferior com ancoragem indireta e arco contínuo. Segundo pré-molar inferior estabilizado pelo mini-implante.

Figura 31 - Dois mini-implantes instalados no rebordo alveolar para ajuste de espaços e correção da linha média inferior, em paciente edêntulo na região posterior do arco.

Figura 30 - Correção de linha média superior. Fio de amarril conjugando do 13 ao 23.

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25Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 5, n. 4 - ago./set. 2006

Embora tenham sido citadas aqui as aplicações clínicas e os locais de instalação mais utilizados, cada caso deverá ser anali-sado de forma única. Fatores como tipo de movimento desejado, biomecânica, distância entre as raízes, faixa de gengiva inserida, altura do seio maxilar, força a ser utilizada e densidade óssea, de-verão nortear a escolha do sítio de instalação do mini-implante. Um planejamento cuidadoso é uma das chaves para o sucesso deste tipo de ancoragem. Detalhes sobre o planejamento e outras chaves para o sucesso no uso dos mini-implantes serão aborda-dos na segunda parte deste artigo24,38,32,33,34,37.

ConCLuSãOOs mini-implantes têm se mostrado eficientes como ancora-

gem esquelética e vêm auxiliando os ortodontistas em inúmeras

RefeRências

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aplicações clínicas. Estes dispositivos libertam os profissionais da necessidade de colaboração do pacientes e ampliam as possibili-dades de tratamento, tornando mais fáceis os casos, antes consi-derados complexos ou inviáveis para os métodos tradicionais de tratamento ortodôntico.

AGrAdECiMENTOSAgradeço aos vários alunos, colegas, e professores que vêm me

auxiliando nas pesquisas relacionadas ao uso dos mini-implantes. Em especial agradeço à Zelna Marassi, Patrícia M. Marassi, Cesar Marassi, André Leal, Cláudio Dutra, José Luiz Herdy, Orlando Chia-nelli, Paulo César Nery, Wagner Luz, Arnaldo Palhano, Bruno Mar-tinelli; Editora Napoleão e à Universidade Unigranrio, onde vários dos casos apresentados foram tratados.

Pergunte a um Expert

26 Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 5, n. 4 - ago./set. 2006

Carlo MarassiAv. das Américas, 4790 Sala 526CEP: 22640-102 Barra da Tijuca – Rio de JaneiroE-mail: [email protected]

Endereço para correspondência

- Especialista em Ortodontia - USP Bauru- Professor de Especialização em Ortodontia – Unigranrio- Diretor científico do Grupo Straight-wire do Rio de Janeiro- Mestrado em Ortodontia - CPOSLM

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