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22/11/2015
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CRIOTERAPIA
HISTÓRICO
• Gelo e Neve → utilizados como forma de
interromper o fluxo sanguíneo desde a
antiguidade
• 1900 → utilização do gelo como analgésico
• 1968 → Congresso Internacional de Medicina
Clínica→ utilização como forma terapêutica
� Termoterapia superficial
� Aplicação de frio (remoção
do calor) com objetivos
terapêuticos
� Diminuição da temperatura
dos tecidos
� Efeitos locais e à distância
CRIOTERAPIACRIOTERAPIA DEFINIÇÃO
• Efeito
• relaxante ou estimulante
• Vasoconstrição imediata
• Vasodilatação tardia, por ⇑ o metabolismo local.
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DEFINIÇÃO
• Para obter os benefícios terapêuticos:• temperatura da pele deve cair paraaproximadamente 13,8º C
ideal para aumentar o fluxo sangüíneo local
• temperatura da pele deve cair para paracerca de 14,4º C analgesia.
Usos de crioterapia
Usos de crioterapia
� Exercícios precoce
� Auxílio no alongamento
� Alívio para injeção
� Redução de hipóxia secundária à lesão
Tipos de Atendimento
� Atendimento imediato
� Reabilitação
� Auxiliar cirúrgico
�Criocirurgia
�Diversas
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Atendimento imediato� Prevenção de lesões posteriores
�Minimizar sequelas
�Diminuição da resposta inflamatória
�Desaceleração do metabolismo e da hipóxia secundária.
Reabilitação�Diminuição da dor e espasmo muscular�
mobilização precoce.
Exercícios aceleram o processo de recuperação
Auxiliar cirúrgico
� Antes, durante e após procedimentos
cirúrgicos� diminuir metabolismo e hipóxia
secundária à lesão.
Criocirurgia� Uso de sondas (-20 à -70ºC) para congelar o tecido e, assim, destruí-lo.
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Diversas�Diminuir cólicas.
�Dessensibilização nas injeções
Mudanças de temperatura que resultam da aplicação do frio
� Temperatura dos tecidos profundos:
�Depende da profundidade e do tipode tecido:
�subcutâneo,
�adiposo,
� intra-articular
Mudanças de temperatura que resultam da aplicação do frio
� Tecido subcutâneo (durante a aplicação):
� Temperatura ↓ bruscamente no início;
� Resposta igual a pele porém MENOR magnitude;
� Torna-se gradual o resfriamento;
� Final = estável
Mudanças de temperatura que resultam da aplicação do frio
� Tecido subcutâneo (após a aplicação):
� Temperatura ↑ logo após a aplicação
� Reaquecimento rápido
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Mudanças de temperatura que resultam da aplicação do frio
� Tecido subcutâneo profundo (gordura) –durante a aplicação de frio:
� ↓Temperatura: Só alguns minutos depois daaplicação de frio;
� Redução mais gradual de resfriamento ;
� MENOR Magnitude ainda em relação pele;
� “Por causa do tempo que o calor levapara ser conduzido entre as váriascamadas”
Mudanças de temperatura que resultam da aplicação do frio
� Tecido subcutâneo profundo (gordura) –após a aplicação de frio:
�O tecido subcutâneo continua a baixar a temperatura;
�Duração redução da temperatura: depende da profundidade do tecido.( podendo durar até algumas horas )
Mudanças de temperatura que resultam da aplicação do frio
� Temperatura intra-articular:
�Durante a apliacação do frio: a temperatura diminui mais que a dos músculos adjacentes;
� Após a aplicação:
� A temperatura mínima é atingida após remoção da compressa de gelo;
� Reaquecimento retardado por horas;
� RESFRIAMENTO muito lento
Efeitos fisiológicos da crioterapia
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Efeitos do frio�Diminuição da Tº, metabolismo, espasmo
� Efeitos inflamatórios e circulatórios (diminuir ou aumentar)
� Aumento da rigidez tecidual.
Vasoconstrição� Receptores cutâneos:
� Estimula a musculatura lisa das paredes dos vasos sanguíneos para contrair-se
� Mediadores químicos:� Liberação de serotoninae bradicinina: vasocontrição
� Diminuição de histamina e prostaglandinas: vasodilatadores
� Ativação reflexa simpática
Efeitos Fisiológicos do FrioFluxo sanguíneo
� Vasoconstrição imediata (reduz perda de calor)pelo estímulos dos termorreceptores, impedindo aqueda brusca de temperatura no interior docorpo;
� Após cerca de 5 minutos pode ocorrer avasodilatação induzida pelo frio (VDIF) que éinterrompida por outro episódio devasoconstrição;
� ↓ da temperatura causa a diminuição daparalisação da contração da musculatura lisavascular (protegendo da isquemia);
AMPc
LHS
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VASOCONSTRIÇÃO
ADR
O2 Adenosina
Efeitos da vasoconstrição�Diminuição do fluxo sanguíneo reduzindo a filtração de fluído ao interstício e ao edema secundário: � Diminui a dor
� Diminui a formação do edema
� Diminuição na liberação de substâncias vasoativas
Vasodilatação �Depois de muito tempo pode produzir a vasodilatação induzida pelo frio�temperatura diminui para 10°C:� Reflexo axonal de inibição da musculatura lisa arteriolar
Efeitos Fisiológicos do FrioSistêmicos
� Leva a vasoconstrição cutânea eaumento da viscosidade sanguínea, comconsequente aumento da resistênciaperiférica;
� Aumento da pressão arterial;
�Ocorre ↑ da produção do calor interno(pelo ↑ do tonus muscular – calafrio );
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Tecidos nervosos� Amplia a sensação do frio
� Diminuição da velocidade de condução dos
nervos sensitivos e consequente efeito sobre o fuso
neuromuscular.
� OTG e propriocepção não são afetados.
� Diminuição da transmissão sináptica
� Diminuição da tensão tetânica isométrica,
contração isotônica e ROT’s
� Inibição da condução nervosa,principalmente das fibras mielinizadas;
� Redução da força muscular (pela redução dometabolismo)
� Reduz espasmos e espasticidade muscular,pela redução na velocidade da conduçãonervosa;
� Reduz dor
EFEITOS DA CRIOTERAPIA NO SISTEMA NEUROLÓGICO E NEUROMUSCULAR
Efeitos Fisiológicos do FrioMetabolismo celular
� Retardamento dos processo químicos ebiológicos;
� A ↓ da temperatura leva a inativação dosprocessos químicos;
�Ocorre uma insuficiência das bombas, comincapacidade de manutenção iônica(Ocorre um ganho de Na e Ca e perda de K);
�Cristalização da solução no interior dascélulas;
Efeitos biológicos
� Vasoconstrição
� Diminuição do metabolismo celular (atividade enzimática)
� Aumento do limiar de estimulação álgica
� Libertação de endorfinas
� Bloqueio medular com priorização das vias rápidas (gate-
control)
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Sensações
• Frio intenso
• Queimadura
• Dor
• Analgesia
INDICAÇÕES
• espasmosmusculares
• dor
• edemas
• espasticidade
• facilitação da contração muscular emdistúrbios neurológicos
EFEITO DO FRIO NO EDEMA� Sem efeito na hemorragia
� Ao aplicar precocemente reduz a hipóxiasecundária� menos proteínas livres� menor edema.
�Desacelera o metabolismo � proteção contra a hipóxia secundária.
Efeito analgésico� Atraso na abertura e fechamento nos canaisde sódio produzindo um retardo dascorrentes de sódio responsável peladespolarização das fibras nervosas e/oumusculares: reduz a velocidade decondução nervosa
� Refração: diminuição da frequência dedescarga de nociceptor� aumento do limiarde dor e o efeito potencial analgésicoatribuído a crioterapia.
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Efeito analgésico
� Prevenção da LESÃO DE HIPÓXIA SECUNDÁRIA.
� Redução do fluxo sanguíneo e a diminuição do edema diminui a compressão mecânica de estruturas vasculonervosas sensíveis
� A atividade que degradam a cartilagem é inibida pela diminuição da T°
Tecidos moles
� As lesões podem ser causadas por sobrecarga ou por traumatismo.
� Aplicação da crio:� Diminuir a dor, os espasmo muscular protetor, consumo de oxigênio do metabolismo celular
� Vasoconstrição: evitar contaminação dos tecidos circundantes perante os mecanismos da inflamação.
Redução do espasmo�Menor aferência sensorial� diminuição da velocidade de condução
�Mecanismo reflexo:� Diminuição da atividade motora, do fuso motor.
� Rompimento do ciclo dor-espasmo-dor
Rigidez tecidual e articular� Tecidual: aumento da viscosidade dasfibras musculares. Diminui destreza
� Articular: aumento da viscosidadesinovial, aumento da rigidez muscular eaumento da rigidez do tecido conjuntivo
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Inflamação aguda
� Ao aplicar precocemente reduz a hipóxia
secundária�menos proteínas livres�
menor será o edema.
�Desacelera o metabolismo aumentando
a proteção contra a hipóxia secundária.
Calor X Frioa) Lesões agudas: atendimento imediato
• Frio: limita a hipóxia secundária, diminuiespasmo e dor.
• Calor: contra-indicado � aumentametabolismo favorecendo a hipóxiasecundária
Calor X Friob) Lesões agudas: reabilitação
� Criocinética: diminui circulação emetabolismo, vasodilatação induzida peloexercício, retarda aderências, reverteinibições neurais e ativa sistema linfático.
� Calor: não é tão eficaz quanto o frio.
Calor X Frioc) Lesões pós-agudas:
� 10 a 15 dias
� Dor crônica: calor é mais efetivo
� Espasmo: frio
� Tecido conjuntivo: calor, alongamento e frio.
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Calor X Friod) Lesões crônicas e LER:
� Pouco ou nenhum espasmo.
� Dor sobrevém durante atividadeprolongada.
� Não há evidências de que o frio sejabenéfico
� A crioterapia é mais eficiente na faseaguda do processo de cura,imediatamente após a lesão, causandouma diminuição de temperatura dotecido que é a meta terapêutica.
Lesões Provocadas pelo Frio
� Hipersensibilidade ao Frio;
�Doença de Raynaud(vasoespástica)
� Alterações cardíacas
� Alteração circulatória local
� Paralisia nervosa
� Lesões�Queimaduras (geladura);
� Reações alérgicas� Neuropraxias.
Cuidados� Hipertensos (evitar resfriamento em todo o corpo)
� Pacientes em Coma, inativos no leito,
� Idosos e crianças: evitar Pacote de Gelo por mais de 60 minutos.
� Evitar trajetos nervosos
� Evitar excessiva compressão
� Evitar Spray sobre ferimentos.
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CONTRA-INDICAÇÕES
• doenças vasculares severas
• circulação local comprometida
• hipersensibilidade ao frio
• aplicação em regiões inadequadas
• doenças de pele
• em edemas provocados por distúrbios cardíacos
Técnicas de crioterapia
Técnicas
� Compressas
� Criomassagem
� Água fria corrente
� Criocinética
� Crioalongamento
� Banhos de água fria
� Criocirurgia
� Hipotermia antes da cirurgia ou transplantes
� Tratamento de pontos gatilhos
Compressas ou panquecas frias�Compressa - toalha molhada em água fria, a cerca de 4º C.
� Panqueca - toalha molhada em água fria associada a gelo moído dentro da toalha.
� Indicação: resfriamento superficial.
�Duração : 5 minutos.
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Spray� Técnica de resfriamento e flexibilidade associados, que permite o alívio rápido da dor.
� Indicações:
� Dor por Contusões,
� Fraturas,Distorsões, Luxações.
� Técnica: Aplicar Spray em varredura sobre o local por 5 a 7 segundos.
� Postura de Flexibilidade, 20 segundos.
� Repetir até 6 vezes.
Bolsa de gelo�Pacote de Gel:
� Substância gelatinosa acondicionada em bolsa de vinil ou bolsa plástica, submetida a baixas temperaturas.
� Indicação:
� Lesões superficiais,
� Contusões,Queimaduras
�Duração: 5 a 10 minutos.
Bolsa de borracha:�Consiste na mistura de gelo moído e água, a cerca de 2ºC a 4º C.
� Indicações:
� Lesões superficiais,área pequena.
�Duração: 10 a 20 minutos.
Pacotes de gelo:� Consiste na utilização do gelo moído acondicionado em saco plástico;
� Indicações:
� lesões de tecidos moles
� profundos (+) ou superficiais(-)
� Técnica:
� aplicação local,com ou sem isolante térmico, 2º C a 4º C, por 20, 30 a 60 minutos.
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Gelo, Compressão e Elevação�A compressão é feita por faixa elástica:
� aumenta a pressão externa da vasculatura.
�A elevação diminui a pressão hidrostática capilar
Imersão� Utilizado para reducão da temperatura corporal geral.
� Em extremidades temperaturas de 10º C a 15º C por 30 minutos.
� Em áreas maiores Lombar temperaturas de 10º C a 15º C por 20 minutos.
Criomassagem− A massagem com gelo é feita geralmente sobre uma área pequena, sobre um músculo, um tendão ou sobre pontos gatilhos.
− O gelo é aplicado sobre a pele em movimentos circulatórios.
Tapping com gelo
�Proporcionar uma facilitação neuromuscular.
�No sentido da contração muscular.
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Unidade de Resfriamento Polar Care
�Manutenção da temperatura constante durante toda a sessão de tratamento.
�Mantém a temperatura a cerca de 4º C a 10º C.
Associação das técnicas
Criocinética� Uso do frio para analgesia local permitindo o exercício ativo progressivo sem dor.
� Técnica - Imersão ou Pacote de Gelo, alternado com exercício ativo.
� Início: 24, 48, 72 horas da lesão.
� Iniciar: � 15 minutos de frio.
� 5 minutos de exercícios.
� 7 minutos de frio.
� 5 minutos de exercícios.
� Final: � 30 minutos de frio.
Crioalongamento� Consiste no uso do frio associado ao alongamento.
� Objetiva a Redução do Espasmo Muscular e o restabelecimento do movimento, livre de dor.
� Indicações: Espasmo e Contratura Muscular.
� Técnica: Pacote frio e alongamento.
� Inicial:
� 20 minutos de frio
� Exercício de flexibilidade por 5 minutos.
� 10 minutos de frio.
� Final:
� 30 minutos de frio.
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Banho de contraste� Objetivos vasomotores (vasocontricão e vasodilatacão) reabsorvendo o edema residual na fase subaguda
� Indicação: absorção do edema traumático superficial ou profundo, na fase subaguda 24/48/72 horas após o trauma.
� Duração:
� 10 a 15 minutos - efeito superficial
� 30 minutos - efeito profundo.
� Temperatura: quente 45º; fria – 15º C, 10º C, 1º C.
� Técnica inicial - Quente - 5 minutos
Frio – 1 minuto
Quente - 1 minuto
Final: Frio - 3 minutos.
�Crônica:� 5 minutos de quente
� 1 minuto de frio
� 4 minutos de quente
� 1 minuto de frio
� 3 minutos de quente
� 1 minuto de frio
� 2 minutos de quente
� 1 minuto de frio
� 1 minuto de quente